terça-feira, 17 de março de 2015

Relato de um parto vindouro

Lembro perfeitamente do primeiro dia em que eu me senti grávida. Estávamos tentando engravidar há quase seis meses e eu já havia passado por diversas etapas. A primeira é aquela em que conversamos, eu e meu parceiro, sobre o desejo de ter filhos e tomamos a decisão. Era maio de 2014 e eu deveria tomar a próxima aplicação daquela maldita injeção anticoncepcional em junho. Próximo ao dia da injeção eu fui tomada por um zilhão de sentimentos: medo, ansiedade, incertezas e certezas absolutas.

Entrei em contato com a ginecologista que minha mãe havia indicado e avisei a ela que nossas tentativas seriam segredo de Estado. De ansiosos bastávamos nós dois. Com muito carinho ela me explicou todo o processo, que a princípio pode parecer bastante simples, mas na realidade envolvia uma prática à qual eu não estava nada acostumada: paciência.

Fiz ultrassom para ver se estava tudo bem, um monte de exames de sangue, exame de urina, comecei a tomar ácido fólico, verificar quais vacinas precisaria tomar e tomei a primeira dose da vacina para hepatite b. Lembro que saí feliz do posto de saúde, com a sensação de que havia começado, eu já estava um pouco grávida após aquela picada da agulha.

Não sei se isso acontece com todas as mulheres, mas assim que decidimos tentar, eu já me sentia grávida e o mundo deixou de ser um lugar padrão para se transformar no incrível mundo das barrigudas e portadoras de bebês diversos. À medida que o tempo passava, foi se tornando rotina trombar com grávidas na rua e, por vezes, ressentir não estar no mesmo barco.

Hoje sei que fui muito afortunada e não tenho nada a reclamar. Pelo que observo ao redor (nos 450 mil blogs e sites que li e através de amigas e conhecidas), engravidar é algo deveras difícil. Sim, há aquelas mulheres que mal podem ver uma cueca no varal e engravidam, mas a bem da verdade é que assim como cada gravidez é de um jeito, cada organismo é de um jeito. Há mulheres que levam um mês e há aquelas que não são diagnosticadas com nada que as impeça e tentam por dois anos.

Há ainda um componente sádico (mais um) nessa história: os sintomas de gravidez são muito similares aos sintomas da menstruação. Em nome de todas as mulheres, agradeço penhorada a quem inventou tamanha sandice.

Cólica, irritação, seios doloridos, nidação, essa chateação toda... foram passando os meses e eu fiz um monte de testes, às vezes totalmente fora do período certo, às vezes com a certeza de algo diferente em meu corpo e a diaba da segunda listra não aparecia nem por reza brava. Como meu radar estava ligado, comecei a achar que todos os seres humanos ao meu redor eram férteis, menos eu, porque as grávidas passaram a pipocar em todos os lugares. Comecei a odiar o laboratório que fabrica o diabo do anticoncepcional que eu tomava. Comecei a culpar o vento. E vivi meses de sentimentos difusos, por vezes raiva, por vezes serenidade, sempre uma mistura improvável de sensações que não combinam.

Foi chegando o fim do ano e eu me envolvi em dois trabalhos bastante volumosos de produção. Ambos tomavam meu tempo quase integralmente e um deles desafiou minha dignidade e bem estar mental. Mergulhada no estresse, eu e meu marido ainda mudamos de apartamento. Ele, atolado em seus mil afazeres profissionais, tinha uma viagem de trabalho no exato final de semana de nossa mudança e eu a fiz sozinha (em parte, porque minha mãe, meus sogros e a moça que nos ajuda aqui em casa salvaram a pátria).

Quando o caminhão de mudança chegou na casa nova, eu entrei no quarto que seria do bebê que não chegava jamais e pensei: deixo vazio? No calor da hora entulhei o quarto de caixas e mais caixas e de noite desci na esquina, comprei uma bandeja de comida japonesa e comi quietinha aguardando os dias que viriam – caixas, armários, bombeiro, eletricista, pintor, burocracias com a imobiliária antiga (que certamente tem pacto com o diabo), aulas pra dar e os dois trabalhos de produção que mencionei.

Foi um mês complicado. Eu estava uma pilha de nervos, meu marido estava exausto e a certeza de que aquele seria um mês falido em termos de alcançar o objetivo maior tomou conta de mim. Fui me desligando – parcialmente, claro – da ideia de engravidar naquele mês de outubro. Dia 12 de outubro, dia das crianças, a menstruação chegou. Coloca no aplicativo e calcula, pela milésima vez, o tal do dia fértil. Meu ciclo estava descontrolado e eu tinha que chutar um espaço maior de tempo, porque não dava para saber ao certo. A minha vida tinha se reduzido a dois intervalos de 15 dias: menstrua, 15 dias pro período fértil. Período fértil, 15 dias pra saber se deu certo.

No mês anterior havíamos comprado um teste de ovulação e eu tinha experimentado a segunda listra, que me dizia que meu organismo funcionava. Mas nada de engravidar.

Os dois eventos que eu produzi iriam acontecer no mês de novembro. Um deles, logo no início, o segundo, na segunda quinzena. Não havia tempo pra mais nada.

Um dia de manhã, enquanto estava no banho, cismei de depilar e esqueci de empurrar o tapete pro canto. Quando levantei a perna, escorreguei no tapete e quiquei feito bola de basquete de um lado pro outro no box de vidro. Só não machuquei, porque eu sou um tanto quanto grande e não havia espaço para cair, mas bati joelhos e cotovelo no vidro e tomei um baita susto. Sem muito tempo de processar racionalmente o meu deslize com o tapete, em algum lugar dentro de mim, eu tive certeza que estava grávida. Gritei meu marido e chorei igual criança, com medo de machucar aquele ser que eu nem sabia se estava ou não dentro de mim.

Não sei se dá pra explicar direito, mas eu nunca mais me esqueci daquele sentimento imediato pós-quase tombo. Foi tão forte a certeza de que eu estava grávida, que ultrapassou qualquer racionalidade e a ‘ranzinzice’ daquele mês de outubro.

Uma vez recuperada, retomei as atividades. Estávamos em novembro e um dos eventos começou. Eu virei umas quatro pessoas naquela semana. Acordava às 5 da manhã pra resolver pendências de produção do evento da segunda quinzena, dava aula e de tarde me dividia entre um evento e o outro (por sorte, ambos aconteceriam no mesmo complexo artístico). Tudo correu muito bem e o evento foi um sucesso. Tínhamos uma festa marcada para o dia 8 de novembro, encerramento da semana caótica.

Naquela manhã eu acordei diferente. Na correria, não tinha me dado conta de que a menstruação poderia ter vindo naquela semana. Poderia, porque como meu ciclo não estava tão estável, eu não tinha como saber se menstruaria ou se estava um ou dois dias atrasada. Não tive cólica, não tive nidação, corrimento, nada. Só aquele sentimento do tombo do box e minha barriga meio estranha. Podia ser cólica, mas não era bem isso. Quando eu encolhia a barriga, sentia um levíssimo incômodo, quase imperceptível. E os seios levemente doloridos (como em todos os meses anteriores, já falei que a coisa passa pelo sadismo).

Na manhã do dia 8 de novembro me dei conta dessas coisas todas. Meu ciclo nos dois meses anteriores havia sido de 26 dias, um milagre desde então, porque já oscilara de 38 pra 24 ao longo dos meses. Calculei e, bem, até que eu podia estar atrasada há uns dois dias. Não havia tempo pra comprar o teste e eu não queria comprar o teste, porque já estava de saco cheio da listra solitária e cruel.

Passei um sábado insano, aquele 8 de novembro. Desde cedo organizando o último dia do evento, correndo pra lá e pra cá, e vez ou outra batia aquela sensação estranha na barriga. Eu tentava afastar o pensamento, porque, afinal, o mês tinha sido dificílimo e no fundo eu tinha certeza que não estava grávida. Mas e o quase tombo no box?

A festa começou à noite, todo mundo alegre, a deliciosa sensação de missão cumprida. Comprei uma latinha de cerveja e no primeiro gole veio de novo aquele sentimento e uma leve culpa. As falsas esperanças haviam doído tanto nos meses anteriores, será que eu ia passar por isso de novo? Eu, já sabida das possibilidades reduzidas? Tomei a tal da cerveja e pensei: amanhã compro o diabo do teste.

Fui pra casa cedo e meu marido, mais uma vez, estava viajando. Demos o azar dele estar fora de novo. Ele chegaria no domingo à noite e eu pretendia ficar o dia de pijama me preparando para a loucura da próxima semana, com as últimas pendências do evento seguinte.

Acordei, tomei café e não me lembro depois de quanto tempo, resolvi ir à farmácia. Meio desacreditada, tendo apenas aquele sentimento nada racional do quase tombo no box pra me alentar, comprei o teste de gravidez. Voltei pra casa, enrolei, abri a caixa, li as instruções que eu já sabia de cor e resolvi fazer o exame. Coloquei a tirinha do exame no copinho com a urina e quando o nível do líquido foi subindo, lembro de ter tido a sensação de ver uma segunda listrinha, bem de leve, querendo se formar. Apavorada como quando ficamos ao fazer algo errado, saí correndo do banheiro e fui pra sala. Sentei no sofá, respirei e meditei evocando meu lado – raríssimo – racional e mandei uma mensagem pra uma colega de trabalho sobre o sucesso do evento. Paralelo a isso, liguei o cronômetro do celular e marquei os 5 minutos que o exame sugere esperarmos.

Conversei assuntos de trabalho no whatsapp, fingi que nada estava acontecendo, e os 5 minutos passaram. Levantei do sofá, vacilei, tomei água (agora estou floreando, claro que eu não lembro meus passos exatos) ... entrei pé ante pé no banheiro e cheguei a cabeça na porta feito criança, com medo de me deparar com uma listra só. Quando eu olhei para a tira, a segunda listra estava lá: forte, grossa, escura, gritando na minha cara – “você conseguiu!”.

Lembro perfeitamente do que se seguiu aí. Eu olhei pro espelho, meus olhos encheram de lágrimas e por alguns segundos eu fiquei completamente sem reação. Aí eu gritei. Gritei a plenos pulmões, pulei e, logo em seguida, pensei que talvez não devesse pular, vai que faz mal pro bebê. Bebê? Gritei de novo, olhei de novo no espelho e me achei a mulher mais linda do mundo. Aí eu lembrei do meu pai, que se foi há três anos e falei alto com ele: “pai, você vai ser avô”.

Pensei em ir pra rodoviária, pegar um ônibus e ir pra Ouro Preto atrás do meu marido, descabelada e com o exame nas mãos. Daí eu recobrei a consciência... imagina eu chegando lá com os olhos arregalados e o pobrezinho dando uma aula sobre o Stanley Kubrick e eu sem poder gritar no meio dos alunos, “nós conseguimos!”. Desisti de ir pra rodoviária.

Andei pela sala, gritei, chorei, sentei no sofá e aí não lembro mais dos devaneios que se seguiram. Peguei a tirinha do exame, sequei, enrolei num durex e deitei no sofá, abraçada com ela. Lá eu fiquei um bom tempo. Admito que beijei a tirinha. Não lembro se cochilei abraçada com ela ou se fiquei de olhos arregalados abraçada com ela, ou se as duas coisas. Sei que passei o domingo abraçada com aquela segunda listra.

Em determinado momento, resolvi ir pra rua. Eu tinha que esperar meu marido, não podia gritar pro mundo e começaram algumas aflições: e se der errado? É melhor esperar as primeiras doze semanas pra contar para os nossos pais? Tenho que marcar obstetra. Eu tenho que marcar obstetra!!! Daí lembrei que nas duas semanas seguintes eu tinha que trabalhar em tempo integral no tal evento que tentou roubar a minha dignidade. Que horas eu marcaria o exame? Com qual obstetra? Marco um ultrassom ou espero a consulta? E se tiver sido um falso positivo? Meu Deus, tenho que fazer um beta HCG! Hoje é domingo, e agora?

Sim, a minha cabeça é uma loucura mesmo sem os hormônios de gravidez, que conste nos autos.

Fui para um shopping aqui perto de casa e comprei outro teste de gravidez, melhor de dois, né. Entrei numa loja de roupinhas de bebê e comprei dois bodies e um macacão lindos. Os bodies hoje me fazem rir, são RN, mas para um recém-nascido que o Antônio provavelmente nunca será, de tão pequeninos. Aquela vendedora foi a primeira pessoa a saber, hoje volto lá e sempre olho pra ela com ternura.

Saí da loja e entrei numa livraria pra procurar algo pra dar de presente pro meu marido. Achei um livro chamado “Nós estamos grávidos”. Comprei um cartão, uma caixa e voltei pra casa. Abri o exame de gravidez, passei o olho nas instruções, fiz de novo. Desta vez resolvi encarar a tirinha. Mergulhei na urina e, antes do primeiro minuto, a segunda listra começou a aparecer. Fui tomada novamente por um sentimento indescritível e resolvi aproveitar o sentimento: sim, eu estava grávida.

Coloquei o livro na caixinha, escrevi no cartão, dobrei um dos dois mini-bodies e colei os testes de gravidez no envelope. Depois tirei um deles e levei de volta pro sofá, pra ficar o resto do dia abraçada com ele, mais tarde eu arrumaria direitinho pra esperar o papai chegar em casa.

Como o destino auxilia a minha prolixidade e meus devaneios de escritora wanna-be, meu marido deveria sair de lá por volta de 19:00 e chegar aqui até umas 21:00. Uma árvore caiu na estrada e, claro, o ônibus dele ficou preso em um engarrafamento gigante. Para apimentar, a bateria do celular dele começou a acabar. Ele me contou que uma amiga minha estava no ônibus e eu comecei a importuná-la com mensagens pra saber se o ônibus estava avançando. Aí a bateria dela começou a acabar.

Eu já estava subindo pelas paredes. Eu e o teste, ainda abraçado comigo. Resolvi arrumar o presente, fiz um laço na caixa e liguei a TV, desliguei a TV, bebi uns 10 litros d´água, fiquei na janela, voltei pra sala, fui pro quarto, chorei de novo, rezei, cantei, fiquei P da vida, quase quebrei o relógio na parede. Era quase meia-noite e nada dele chegar. De repente, ele me ligou dizendo que havia acabado de sair da rodoviária, estava no taxi. Grudei na janela feito aquelas bonecas namoradeiras, mas sem sua delicadeza, claro, parecia uma louca histérica tentando manter o controle pra ele não achar que tinha algo errado lá da calçada quando chegasse.

Juro que passaram uns 15 taxis na rua naquela noite. Domingo de madrugada. Quem mora em BH sabe que taxis não passam na rua esse horário como acontece na Nova Iorque do cinema americano. Para um taxi na porta. Desce o diabo de uma vizinha que eu não conheço, quase peguei um ovo na cozinha e joguei nela, juro.

Enfim chega o papai. Ele desceu com semblante de cansado, acenou pra mim lá de baixo e eu, tomada pela alegria infinita de ver ali, pela primeira vez, o pai do meu filho chegar, tentei baixar a atriz que não vive em mim e forçar uma naturalidade impossível. Fui recebê-lo na porta, algo que faço normalmente quando passamos mais de 12 horas distantes, ele não iria desconfiar.

Claro, como afirmei, não há uma atriz em mim, ele de cara percebeu que eu não estava no mais normal de meus momentos. Esperei ele trocar de roupa, perguntei como foi a viagem e ele estava levemente ranzinza de ter ficado de molho tantas horas na estrada. Ele deitou na cama, olhou pra mim e perguntou “o que foi?”. Como ele não havia ricocheteado no box do banheiro, provavelmente não esperava que contrariando todas as expectativas daquele mês de outubro, o dia das crianças seria a minha despedida do mundo menstrual pelos próximos 9 meses (quando a gente quer poesia, ela invariavelmente nos permeia).

Falei que eu tinha uma surpresa e peguei a caixa. Ele abriu e eu tinha escolhido cuidadosamente a ordem dos fatores lá dentro. Primeiro, lustrando o envelope com o cartão, estavam os dois testes colados. Ele levantou aquilo sem entender direito e viu o livro. Pegou o livro a contragosto (depois ele me contou que por uns segundos pensou “por que diabos ela está me dando um livro agora, estou exausto da viagem”) e, não sei onde estava com a cabeça pra demorar tanto a sacar (devem ter sido 5 segundos, mas pareceu uma eternidade), ele viu o título. Olhou pra mim e eu disse “nós conseguimos”.

Ele soltou a caixa e recostou na cama e ali eu presenciei saírem mil toneladas de tanta, mas tanta coisa. O cansaço imediato daquele final de semana, o trabalho exaustivo dos últimos anos, as cobranças, a seriedade, os súbitos de mal humor, o desencanto que o acompanha diante da vida. Feito espírito que sai do corpo das pessoas em filmes, meu marido perdeu o peso de uma vida que às vezes anda tão na contramão de nossa felicidade. Foi bonito de ver.

Eu sou chorona, gritei. Ele não, ele é profundo, elegante. Não derramou lágrimas, mas verteu uma felicidade lindíssima em seus olhos. E me abraçou. E nos abraçamos. E um segundo depois ele soltou “não vamos demorar a ter o segundo”. E ali começou a nossa jornada rumo ao delicioso encontro com o nosso Antônio, meu toquinho, nosso amor.


* Este post se chama “Relato de um parto vindouro”, porque assim como eu acredito que uma vez que decidimos engravidar ficamos automaticamente grávidas, quando engravidamos já estamos vivenciando o nosso parto e todo o processo merece entrar em nosso relato. Que virá, se Deus quiser.

5 comentários:

  1. Nenhum filme que assisti em meus muitos anos de vida, possuía um roteiro que virou história, tão lindo, quanto tudo que você acabou de escrever e mais, não é uma ficção, é uma realidade forte,doce,que imprimiu às nossas vidas, um algo que jamais esperávamos que acontecesse, não falo do anúncio de uma gravidez, que acontece no mundo,desde que a vida nasceu,mas de um ser que já veio modificando tudo, trazendo sentimentos que desconhecíamos, e várias razões que tornaram nossas vidas mais felizes.Eu desaprendi meu andar.Agora levito.

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  2. É certo que eu choro muito, sou bastante emotiva. Entretanto, ler este texto me faz "desaguar". Se sou feliz? Muito. Tenho dois filhos maravilhosos, um menino e uma menina. Diferença de um ano e três meses. O Rafa vai ser pai a Julie vai ser madrinha e tia. ô, já são. O Antônio está conosco há um tempinho.
    Nesta cena vejo uma nova filha, de coração largo, de muito amor para dar. Deus me trouxe uma linda nora e, sinceramente, uma grande amiga de outra geração mais recente.
    Fui saboreando o texto e pensando: onde eu estava? Por que não pressenti nada? O segredo foi muito bem sucedido. Não vou mentir: a surpresa foi absolutamente, espantosamente e totalmente resplandecente.
    Caríssima Ucha
    Você não pode imaginar que delícia é ler o que você escreve. Como é possível?
    Seu coração parece pulsar nas entrelinhas, tudo muito lindo.
    Sei que estou vivendo um momento muito complicado e triste com a doença e sofrimento do meu pai, mas sei que o meu coração se alimenta dos passinhos ocultos, bocejos, chutes e risadas do meu neto.
    Amo vocês todos. Muito.

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  3. Gente, eu chorei lendo. *-*

    Continue escrevendo tudo, a tia-dinda que mora longe se sente mais perto com esses relatos :)

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  4. Muito lindo esse texto, sou jornalista e gostaria de trocar uma palavrinha com vc, pode me passar seu contato?

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    1. Olá Geovana, tudo bom? Obrigada! Meu e-mail é ursula.roesele@gmail.com

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