domingo, 10 de maio de 2015

Meu primeiro dia das mães

Gerar o Antônio é um presente divino que se renova a cada dia. Todos os dias pela manhã, quando ele dá seu primeiro sinal de bom dia, o mundo ao redor ganha novas cores e às vezes fica difícil não sorrir.

Às vezes estou dando aula e no meio de um raciocínio ele dá aquela cutucada e a vontade é parar tudo para saudá-lo.

Eu sempre fui fascinada com a maternidade. Minhas amigas já mães sabem bem como eu amo seus filhos como se fossem um pouco meus. Essa barriga oval que guarda lá dentro o milagre da vida é algo de uma potência inestimável.

E ontem, no chá de fraldas do meu filho, nós ganhamos um lindo quadro que explica o seu nome e eu descubro que Antônio significa justamente “inestimável”.

Confesso que eu não havia buscado o significado de seu nome, mas nada poderia se encaixar melhor. Claro, todos os filhos são (ou deveriam ser) inestimáveis, mas carregar esse sentido simplesmente faz sentido para ele.

Nós não nos vimos ainda, mas eu conheço seus horários, sei os momentos em que ele fica mais agitado e adoro saber que ele gosta da música que eu escolhi para ele (“Silenciosa”, versão da Mônica Salmaso: para ouvir clique aqui). Quase todos os dias no banho a gente canta junto.

Eu não me sinto uma futura mãe. Eu já sou a mãe do Antônio e esse sentimento é indescritível.

Já visualizei sua chegada algumas vezes e sei que não faço a menor ideia do que nos aguarda. Olhar para seus olhos pela primeira vez será a compensação de cada angústia, medo, lágrima vertida.

Nesse primeiro dia das mães fica o cheiro das flores no ar, a ansiedade gostosa por dar banho, acalentar, amamentar, vestir, reconhecer, sorrir para ele.

Falta pouco para a sua chegada e depois disso todos os dias serão meus e seus e do seu pai e dos seus avós, meu filho amado.

A vida já faz mais sentido.

Um dia lindo a todas as mães desse mundo.

Um comentário:

  1. Minha querida filha, vê-la explanar com tamanha sensibilidade o milagre da vida, que começou dentro de você, é reconhecer que você, já é mãe no amplo sentido da palavra.E a comunicação entre você e o Antônio já se fez sentir, quando você o chama e êle responde realizando seus movimentos e fazendo-se notar, naquelas ondinhas maravilhosas que brotam de sua barriga.Já a reconhece e seus diálogos acontecem como mágica, como o tema musical de vocês dois.E o seu parir, não é indescritível, nas suas narrações você nos presenteia com esta consciência e sensibilidade natas, fazendo-nos participar desta máxima, que é parir a vida.Dizem que ser avó é ser mãe duas vezes, posso usufruir duplamente então, amando, como amo, você e sua barriga que nos traz o Antônio.Helena mãe e avó.

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